O 4º Congresso Nacional da População de Rua, que reuniu cerca de 200 pessoas de 14 estados na sede do Sindicato dos Metalúrgicos em Cidreira (RS), destacou a assistência à moradia e a construção de equipamentos públicos como principais medidas para auxiliar pessoas em situação de rua. Segundo com o arquiteto e urbanista Maurílio Chiaretti, presidente do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (Sasp), é momento de os profissionais da área unirem esforços em prol da causa. “A população de rua está procurando os arquitetos e urbanistas para ajudarmos na produção de moradia”, pontou. O evento, que tinha como objetivo fortalecer o Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) e debater a Política Nacional para a População em Situação de Rua, entre outros assuntos,ocorreu nos dias 22, 23, 24 e 25 de maio.

De acordo com Chiaretti, que participou do congresso, o valor gasto para atender pessoas em situação de rua é maior do que o custo para construção de moradias para elas. Porém, para tirar do papel e colocar em prática, o movimento necessita de recursos financeiros vindos do governo e também de doações. Além da assistência à moradia foi ressaltado pelos participantes a necessidade de construção de equipamentos públicos, como chuveiros coletivos e banheiros públicos, para uso dos moradores de rua.

Na ocasião, também foram debatidos temas como políticas públicas, direitos humanos da população de rua, questões de gênero e os avanços e desafios do MNPR. Participaram do evento cerca de 50 apoiadores, entre arquitetos e urbanistas, assistentes sociais, jornalistas e profissionais da área do direito.

Foto: istock/ DianeBentleyRaymond

Texto: Leticia Szczesny – Imprensa FNA