Em defesa da soberania nacional e dos direitos dos trabalhadores da Petrobras, a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) manifesta apoio à greve dos petroleiros iniciada no dia 1º de fevereiro último. O movimento é legítimo e condizente com os princípios que norteiam esta Federação desde sua fundação há 40 anos e que embasaram a fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Ao lado do movimento grevista, a FNA repudia a política de privatização e entrega ao capital estrangeiro da Petrobras e de demais estatais estratégicas para assegurar a soberania de nosso país – pela natureza dos recursos que administram e por sua capacidade de investimento e empregos. Assim como em outros momentos de nossa história, a mobilização dos petroleiros é decisiva na luta maior, de todos os trabalhadores, contra os sucessivos ataques perpetrados contra o povo brasileiro pelo grupo que se assenhoreou do poder desde o golpe de Estado de 2016, incluindo a reforma trabalhista, a desmonte do Estado nacional e de suas políticas sociais – inclusive as relacionadas à Cultura e à luta pela cidade. O atual governo já destruiu a previdência pública e, na mesma linha, desfere sucessivos ataques ao sistema público de Saúde e Educação.
A politização do Poder Judiciário que levou ao golpe de Estado por meio da chamada operação Lava-Jato é evidente na tentativa de criminalização e imposição de multas às entidades à frente do movimento grevista da Petrobras, como a Federação Única dos Petroleiros (FUP). A perseguição judicial é somente um braço do viés autoritário do grupo no poder, que diuturnamente mostra sua face no arbítrio de suas decisões, no aumento da repressão policial, na apologia a um estado fascista.
Os petroleiros pleiteiam legitimamente à revisão do fechamento da Araucária/Nitrogenados (Ansa/Fafen-PR) e o cumprimento de cláusulas de Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) da Petrobras e suas subsidiárias. Apoiar a greve dos petroleiros no cenário atual é garantir não apenas o emprego dos trabalhadores. É garantir a soberania nacional e fomentar a mobilização pelo patrimônio público e direitos sociais para todos.