Atuar na intermediação de acordos coletivos pelos trabalhadores de arquitetura e urbanismo do Estado de São Paulo é uma das frentes de ação do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP) na busca de auxiliar e unificar a categoria. Para apresentar como o sindicato vem intervindo na questão, o diretor Maurílio Chiaretti e a advogada Karen Blanco detalharam o plano de ação do SASP. Em uma verdadeira aula, apresentaram como vêm realizado o processo passo a passo, em live que foi acompanhada por dirigentes de diversos sindicatos nacionais durante a programação do 44º ENSA.  “É por meio de ações isoladas que a gente se aproxima da base”, frisou.

Segundo Chiaretti, apesar da reforma trabalhista, o que se vê são poucos arquitetos reformulando seus contratos. “Isso não está existindo. Ainda estamos em um momento em que temos dificuldade de ter trabalho. É preciso debater os direitos que devem ser preservados”, ponderou.

Karen explicou que, após a Reforma Trabalhista, os acordos coletivos têm prevalecido sobre as convenções coletivas, uma vez que ela trata de aspectos mais específicos como bancos de horas, jornada e intervalo entre jornadas. A batalha também é para ter representantes dos sindicatos dentro de cada empresa de forma a estabelecer contato direto com a categoria. “Agora, a convenção e o acordo têm prevalência, o que foi implementado pela Reforma Trabalhista para conseguir flexibilizar os direitos trabalhistas”. A advogada ainda recomendou que os sindicatos invistam em estratégias de comunicação digital com a base. “Não vai ter jeito. O home office já está incorporado e temos que começar a pensar em assembleias online e tudo mais”.

Uma das questões em estudo, ponderou a presidente da FNA, Eleonora Mascia, é a edição de uma cartilha de formação que traga orientação clara aos sindicatos como proceder em acordos e convenções no novo advento da Reforma Trabalhista. Acompanhando a live, o presidente do SASP, Marco Antônio Teixeira da Silva, indicou que outra linha de ação tem sido a proteção dos servidores públicos atingidos diretamente pelo ataque a estatais, a exemplo da CDHU.

Durante a reunião virtual, o presidente do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado de Minas Gerais (Sinarq/MG), Matheus Guerra Cotta, também relatou as ações de representação em Minas Gerais. Um dos projetos em curso é o de valorização da interação entre os arquitetos que compõem a base. Para isso, explicou ele, o sindicato promoverá encontros regionais de delegados. A previsão é que o projeto tenha agenda em maio e outubro de 2021. As reuniões, explicou ele, serão realizadas por meio virtual. “Não novas formas de mobilização. Sentimos que vários colegas têm falta de troca de informação, de cumprir o papel de articulação de base mais horizontal”, ponderou.