Em uma tarde que trouxe os cineclubes para a tela dos computadores de arquitetos e urbanistas de todo o Brasil, a Sessão Pipoca do 44º ENSA emocionou e semeou reflexões sobre a relação do homem com a sociedade e o meio ambiente. Após a transmissão do filme Fio da Meada, o cineasta Silvo Tendler debateu com os dirigentes sindicais sua obra. Ao lado dos colegas Marina Fasanello e Marcelo Firpo, ele trouxe reflexões sobre o momento pelo qual atravessa o Brasil e como o cinema pode transpassar barreiras e incitar a reflexão. “Cineclube é um local onde se faz amigos. E é o afeto que nos move. Continuemos juntos nessa caminhada. Com arte, ciência e paciência, mudaremos o mundo”, pontuou ao encerrar live na tarde de sábado (5/12). A agenda foi conduzida pelo arquiteto e urbanista e conselheiro da FNA Edinardo Lucas e integrou a programação do 44º ENSA, encontro promovido pela FNA com apoio do CAU/BR.
Inspirador de uma geração, Tendler garante que não faz cinema para ensinar. “Faço cinema para aprender. E aprendi muita coisa boa”, disse, lembrando das vivência que teve ao elaborar Fio da Meada. Atualmente, ele trabalha em um novo documentário que terá apoio do movimento sindical. Nomeado “O Futuro é nosso”, traz a história de sindicalistas que cruzaram por diferentes momentos da história brasileira, vivendo ditadura, redemocratização até os tempos atuais. O filme, alerta ele, trata do que, espera-se, não seja um sonho para sempre interrompido
Com uma reflexão perspicaz sobre o uso dos espaços do planeta, das cidades à produção de alimentos, Fio de Meada inova pela linguagem. Marina Fasanello elogia o trabalho do cineasta pontuando que ele integra diferentes saberes, poliniza nossa imaginação para uma nova forma de relação social e com a natureza. “Esse diálogo traz diferentes realidades de mundo e trazem reflexão sobre o momento que estamos vivendo”
Para assistir o filme basta acessar no link https://youtu.be/0SStERKpibk